Você que corre e não vê, que sente o peso do tempo
Que espera a paz, sentado, olhando pro céu
Pra rua de gente vestida ou nua,
Correndo atrás não sei do que.
Você que senta e espera, o tempo favorecer.
Você que corre do mundo, de gente que o quer ver
Você que há de saber e de nada mais quer saber
Nada.....
Saber da moça que passa e caça comida pro filho nascer
Saber do bêbado que desce, barril incerto
Do mundo deserto de olhos de ver
Saber do quilo e meio, dos dez anos descalços
Se achegando à você...
Saber do cão que morre na rua e você não vê.
E você não vê e você não vê
Você que procura o nirvana do desejo alucinado
Da realidade de viver.... você
Apesar de você ser tão irreal no modo de ser
Você é real sem a ilusão de estar só
Ou de estar aniquilado...
E você não vê e você não vê.
Em 1975 lendo uma poesia de minha irmã, Carolina, arrisquei transformá-la em música. Deu certo, e, é uma música que gosto e toco muito até hoje. Então a poesia da Mana Carol “nirvana” foi à última criação da época de solteiro e única em parceria. Curiosamente depois que casei deixei a viola de lado e também minhas composições. Com a música “sujo chão” entendi que meus objetivos para a época foram atingidos. O casamento o nascimento das filhas e a criação delas foram minhas prioridades.
ResponderExcluirO exercício das composições voltou depois de 1984, rabiscos e rascunhos que foram esquecidos e posteriormente resgatados.