Sonho sem Rota.


O navio ancorado no porto.
Apreensivo um homem sentado no banco de chapéu branco olhava,
incansavelmente, o relógio que não passava as horas.
A hora estava marcada, o navio ancorado preparado para zarpar.
O homem, aflito, para ele minutos eram eternidade.
Não sabia o que esperava.
Sua espera estava concatenada com o seu sonho.
Era uma hipótese, último sonho, então acordou.
Solitário comprou passagem sem saber onde ia.
Era uma viagem imaginária, sonho de ida sem volta.
Acordado, não estava no porto, não tinha navio ancorado.
Sentado, novamente, adormeceu e sonhou.
Apreensivo fitava o relógio, aflito.
O apito do navio, zarpando, o acordou novamente.
Era um sonho, o vento levou seu chapéu branco
que estava no banco e junto seu sonho.
Quem esperava, nunca soube, nunca chegou.
No sonho sabia, o navio partiu o sonho acabou.
Ele, aflito, não embarcou.

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